top of page

O artesão de Duramere

Escrito por Lis Vilas Boas

Editado por Vanessa Guedes

Preparado por Vitória Vozniak



As pupilas reptilianas demoraram um pouco para se ajustar contra as luzes néon da Feira de Mundos. Cipriano acompanhou com curiosidade a movimentação da senhorinha entre os stands. O interesse aumentou quando ela passou a caminhar em linha reta na direção dele.

Era só mais um dia na Feira, realizada toda terça-feira dos meses pares de acordo com o calendário da Quinta República. Como sempre, ele e seu robô tinham chegado bem cedo porque gostavam de arrumar a barraca com calma e seu setor ficava no final da plataforma. A desvantagem era o barulho dos geradores da cúpula vácuo-magnética, mas o lado bom era que tinha a melhor vista para o cinturão de asteroides e do céu infinito por trás. Não que a paisagem influenciasse nos negócios, mas as vendas andavam devagar e Cipriano gostava de ter o cenário para admirar. E era isso que estivera fazendo, até se dar conta da mulher idosa caminhando e ignorando os estandes ultratecnológicos.

Não parecia interessada nos letreiros anunciando as últimas obras da engenharia – satélites habitacionais, moradias atravessadoras de hiperespaço, mega construções do tamanho de átomos. Nem olhou para cima quando passou pelo holograma projetando a criação mais recente dos mestres engenheiros: um planeta totalmente customizável para um único habitante (“Porque o espaço nunca é grande demais pra você!” dizia o anúncio orbitando a projeção do planeta). A senhora não era mesmo o tipo de cliente comum da Feira, muito menos do que costumava ir até a barraca dele.

A maioria das vendas de Cipriano vinha de engenheiros querendo incluir uma cidade no projeto – um item curioso que donos de planetas e luas poderiam exibir para possíveis visitas, um catalisador de conversas pseudointelectuais. (Como o costumeiro: “e pensar que as pessoas viviam assim, todas juntas” ou “que fabulosamente arcaico, bem a cara de seres humanos”.)

A verdade era que não gostava daquele tipo de encomenda caprichosa, mas pagava as contas e os projetos mais artesanais que fazia para si. Assim, tentou não ficar muito empolgado com a aproximação da humana e o projeto em potencial que ela trazia. Era baixinha e usava roupas antigas do Sistema Solar, com destaque para o casaquinho de crochê puído nos cotovelos. A pele preta escura tinha poucas rugas, contrastando com cabelos grisalhos presos num coque – devia ter um bom implante estabilizador de envelhecimento. Talvez estivesse na faixa dos 50-100 ou 100-200 anos, difícil dizer. 

Cipriano deixou o café de lado e ofereceu o melhor sorriso de vendedor que tinha, mostrando os dentes afiados de sua espécie.

— Bom dia!

— Já é de tarde no Sistema Solar.

— Sim, compreendo, mas na Feira trabalhamos com o fuso da Quinta República.

— Boa tarde — a senhora insistiu.

— Boa tarde... no que posso ajudá-la?

— Aqui é a barraca do Cipriano?

— Sim! Eu sou Cipriano e aqui você encontra a pólis feita para você!

— Esse não é um slogan muito bom.

— Ah... sim, certo, obrigado, vou colocar sua observação na caixinha de sugestões. Enquanto isso... — Com um sinal seu, o robô acionou o balcão e acendeu o display com os moldes holográficos mostrando as cidades que fabricava. — Por que a senhora não avalia o mostruário? Esses são apenas modelos básicos, completamente modificáveis a seu gosto. Também trabalho com plantas prontas, se a senhora tiver uma.

Ela encarou o robô, uma unidade doméstica flutuante, com certa desconfiança. Cipriano tentou atrair a atenção dela de volta para o balcão.

— Veja, temos cidades litorâneas, grandes ou pequenas. Povoados de montanha, metrópoles megalomaníacas... O que a senhora deseja?

Seria falta de educação perguntar logo de cara quanto estava disposta a pagar, e de qualquer forma ele costumava ter um coração mole quanto à remuneração. Fazia cidades pela arte, não pelo crédito.

— Eu quero um lugar bom para minhas netas viverem.

Apesar do olhar crítico observando os hologramas, a voz veio carregada com emoção — algo tão raro quanto cidades naqueles tempos, depois que os inibidores de emoções tinham virado moda entre humanos. Cipriano às vezes não entendia aquela espécie que estava sempre tentando se transformar em outra, sempre envergonhada de seus processos fisiológicos. Ele se dava melhor com humanos quando se apresentavam como aquela senhorinha — como de fato eram, apenas pessoas.

— Vó!

Uma garotinha veio correndo com um milkshake na mão. Atrás dela, uma moça com um olhar tão sério que o atravessou como um laser de solda — Cipriano levou as mãos ao peito para garantir que as placas de sua carapaça não tinham derretido. Ali estava outro tipo de ser humano que gostava muito, apesar de seu corpo reptiliano raramente ser gostado de volta.

A criança se lançou num relato acelerado sobre a experiência na mini montanha-russa virtual cinco estandes atrás. A moça mais velha parou e cruzou os braços, encarando Cipriano com tanta animosidade que fez seu sangue frio aquecer e o coração lento bater mais rápido. As duas eram muito parecidas com a avó.

— O senhor já explicou pra dona teimosa que o projeto dela é impossível? — A moça arqueou uma sobrancelha.

Os ouvidos reptilianos eram capazes de atribuir sensações distintas aos sons e a voz da moça era afiada. Nem grave, nem aguda, apenas a frequência certa para fatiá-lo em pedacinhos e fazê-lo se sentir grato por isso.

— Ora, veja bem, eu não-

— Não é impossível. — A avó o interrompeu.

— É sim! Cidades precisam de espaço, e organização, e pessoas! — A moça suspirou, levando a mão ao nariz. — Além disso, a senhora não pode pagar.

Por alguns segundos, o som da mais nova sugando o milkshake dominou a conversa. O robô emitiu um bip constrangido. O rosto da senhorinha estava congelado numa máscara de determinação — o olhar brilhava a ponto de acumular lágrimas nos cantos, e naquele instante Cipriano teve a resposta para a pergunta que não fizera. Ela parecia disposta a arcar com qualquer custo, mesmo se no momento não tivesse os créditos necessários.

Cipriano pigarreou, tentando dissipar o momento tenso. E, também, para atrair o olhar da moça brava de volta, se fosse sincero.

— Tenho certeza de que podemos combinar a-

— Se o senhor for um artesão honesto, não vai alimentar a ilusão dela.

Palavras cortantes como a voz, e um último olhar furioso antes de sair andando. Foi tudo muito rápido, mas Cipriano viu a lágrima teimosa querendo escapar do olho dela.

— Melina, querida — disse a avó baixinho —, vai atrás da sua irmã. 

A garotinha encarou a avó e depois Cipriano. Ela exalava fofura de cada poro e o derretia de um jeito diferente. Se passasse mais tempo com aquela família, precisaria de uns dias numa câmara de hibernação para se recompor.

— Moço, eu queria uma sorveteria azul na cidade, pode ser?

— Isso com certeza pode ser providenciado.

Ela sorriu e saiu correndo, chamando a irmã:

— Laila, me espera!

Cipriano e a senhora se encararam. Do bolso do casaquinho de crochê, ela tirou um chip e o deixou sobre o balcão.

— Seus modelos são bonitos, mas tudo que eu quero tá nesse livro. — Então sorriu com resignação. — Mais a sorveteria azul.

— Certo, e quanto ao pagamento nós podemos...

Ele foi parando de falar quando ela sacudiu a mão no ar e lhe deu as costas.

— Volto na semana que vem pra ver o primeiro esboço.


 

Deixou para abrir o chip na nave-casa. Era um romance. “Os cartões postais de Duramere”, por Cerolina Aman.

No céu arroxeado cheio de estrelas de Duramere, uma nave cortava a atmosfera, se aproximando, fazendo um coração humano bater mais rápido.” 

O começo bastou para fisgar Cipriano. De tão imerso, esqueceu de ligar as lâmpadas de calor, seu corpo foi esfriando e amolecendo enquanto se perdia nas ruas da história e no amor de Lita e Pérolo. Foi salvo pelo robô, que iniciou o protocolo de emergência após seis horas de inatividade na mesma posição — deitado, lendo o livro holográfico, e consideravelmente apaixonado.

Começou a planejar assim que os órgãos reptilianos ficaram aquecidos o suficiente, sob os bips reprovadores do robô. Trabalhar sem garantia de pagamento nunca era uma boa ideia, mas a essa altura se importava menos com o serviço e mais com a satisfação de criar com inspiração.

Projetou as ruas curvas, os prédios inclinados para a direita, os jardins suspensos. Não foi difícil achar espaço para a sorveteria azul porque Duramere tinha sido feita para sonhos, tinha descrições perfeitas de lugares importantes e pontos turísticos ao mesmo tempo que deixava becos em aberto onde algo novo poderia surgir. Pensou nos suspiros de Pérolo para moldar espaços vazios e nos olhos de Lita para escolher as cores.

Para os materiais, teve que usar mais imaginação. Pensou em como uma voz afiada melhor reverberaria entre as construções e em como cabelos crespos balançariam ao passar do vento entre prédios. 


 

Uma semana depois, estava relendo o livro pela décima vez, absorto na cidade fictícia e completamente esquecido da Feira de Mundos. Foi trazido de volta à realidade por um pigarreio tão cortante que todas as placas da superfície de seu corpo tremeram.

— Ela não pôde vir.

Era a moça, Laila, tão brava e afiada quanto da outra vez. Quis convidá-la para passear em Duramere, mas em vez disso colocou o sorriso de vendedor no lugar. Seus olhos sensíveis ao calor viram as bochechas dela esquentando, captaram o leve sacudir da cabeça, e seu próprio coração bateu mais rápido em resposta.

— Ela está numa unidade de saúde.

— E você veio avaliar o esboço no lugar dela?

— Não, vim me certificar que essa loucura não siga em frente. Não quero desperdiçar o seu tempo e...

Laila engoliu em seco, encarando o balcão onde Cipriano tinha deixado o livro holográfico aberto. O sangue abandonou sua face.

— O senhor leu?

— Mais fácil dizer que fui transportado. Fecho os olhos e me vejo nas ruas, sinto o calor das barraquinhas da praça e o cheiro-

— O cheiro das flores carnívoras na beira do lago. — Ela completou num sussurro, o canto da boca se inclinando suavemente para cima. — O senhor não precisa citar Duramere pra mim.

— Meu nome é Cipriano, não sou um senhor ainda, para os padrões reptilianos...

O quase sorriso aumentou só um pouquinho antes dela suspirar. Laila lhe deu as costas e se apoiou no balcão, fazendo viajar até suas narinas um perfume cítrico — ele logo pensou que poderia replicar o aroma nos jardins de Nova Duramere, como vinha chamando o projeto.

— Muita gente vem aqui encomendar cidades saudosistas?

— Quase ninguém. — Ele se apoiou no balcão, chegando mais perto do cheiro. — As pessoas veem cidades como coisa do passado, coisa de humanos selvagens. No fundo, acho que têm medo.

— Por quê?

— Viver em cidades significa olhar num tipo de espelho, saber quem você é e as atitudes que toma por uma comunidade. As pessoas podem fingir que não, mas todo mundo sabe... Na cidade não dá pra fugir do outro, e nem do que esse outro reflete sobre você. É menos constrangedor viver só numa nave ou em coabitações onde ninguém se encontra. 

— Talvez...

— Você sente falta de conviver com mais gente?

— Fisiologicamente, não — sussurrou.

Observaram a Feira em silêncio. A mente de Cipriano vagou devagar pelo cenário e logo voltou a se concentrar em Laila, e no motivo dela não querer uma cidade. Se perguntou quem seria o outro de quem ela preferia fugir.

— Não é por isso que não quero minha avó gastando todas as economias numa cidade — ela falou como se em resposta aos seus pensamentos. — Pessoas sempre vão precisar umas das outras, numa cidade ou não.

— Então, por quê?

— Porque as pessoas também precisam viver no mundo real. Não é do sonho de uma escritora que Melina e eu precisamos.

O tom de navalha tinha voltado e ao mesmo tempo que o sangue de Cipriano esquentou, seus ouvidos captaram o estremecer ao redor da palavra ‘escritora’. Não era seu lugar perguntar, mas gostaria que fosse.

— Sua avó só quer dar o melhor pra vocês.

— Mas não é o que precisamos.

— Talvez. Ou talvez dar Duramere a vocês seja do que ela precisa. Não precisam viver nesse sonho se não quiserem, mas... olha em volta. Viver num sonho não é justamente o sonho de tantas espécies há milênios? Escolher o sonho onde morar não parece má ideia.

Laila o espiou pelo canto do olho, um brilho diferente ali.

— Não sabia que reptilianos eram sonhadores.

— Fisiologicamente, não. — Ele sorriu. — Compensamos nas artes.


 

Quando não estava pensando em Laila e se perguntando se a conversa tinha sido suficiente para convencê-la, Cipriano dedicava-se a criar algo que a impressionasse. 

No livro, Lita e Pérolo se encontravam nos cartões postais de Duramere e se desencontravam na rotina do dia a dia. Se encantavam um pelo outro nos lugares mais bonitos e descobriam facetas não tão boas nas bordas da cidade. O primeiro beijo acontecia num lugar que não era nem um nem outro, uma rua qualquer que passou a ser a favorita do casal. Cipriano tentou consertar problemas, deu casas boas e comércio para a periferia, alargou ruas onde não passavam ônibus, mas as deixou tortuosas. Quis dar ao projeto as mesmas possibilidades da história — que pessoas pudessem se amar e que esse amor fizesse da cidade o lugar mágico para onde era transportado quando lia.

Terminou o projeto e passou para a construção à base de lixo espacial e poeira de estrela. Precisou raspar todas as economias que tinha, mesmo usando aqueles materiais barateados depois que as tecnologias de manipulação de matéria escura tinham bombado no mercado.

 

 

Estava tudo pronto quando as encontrou de novo. A senhora já estava na barraca quando ele chegou na Feira, sentada numa cadeira magnética com suporte de vida.

— Ah, que prazer em vê-la! Como está passando?

— Passando... Estive debilitada numa nave hospitalar por um tempo e espero que Laila não tenha feito o senhor desistir.

— De forma alguma. Eu-

— Vó!

A cena se repetiu, mas foi Laila quem veio correndo, seguido de Melina andando atrás, de novo com um milkshake. 

— A senhora não estava de alta!

— Os preguiçosos estavam demorando demais então eu me dei alta, e vim ver nossa cidade.

— Não é nossa cidade porque com os créditos nós vamos pagar seu novo estabilizador de saúde!

— Olha, eu- — Cipriano tentou falar.

— E você fica fora disso! — Laila o cortou.

— Laila, eu vou comprar essa cidade!

— Não vai! Eu não quero uma mentira!

— Você não precisa morar nela se não quiser, pode ir me visitar, porque é em Duramere que eu vou viver até o fim dos meus dias.

— Que não vão ser muitos se não usar os créditos pra coisa certa!

O silêncio que se seguiu tinha gosto de mágoa e amor nas narinas bifurcadas de Cipriano. Os seres humanos eram contraditórios aos sentidos reptilianos, talvez por isso gostasse deles ao natural.

— Eu vou fazer a cidade de graça — falou antes que Laila cortasse mais do que realmente pretendia. Atraiu a atenção das três. — Quer dizer, quase. Meu preço é bastante simbólico.

— Quanto? — a avó perguntou, os olhos brilhando.

— Uma casa no Bairro das Palmeiras, com uma loja. Eu também quero morar em Duramere. Assim a senhora guarda os créditos pra aproveitar a cidade por muitos anos mais.

— Eu não sei se é um acordo justo pra você... — A avó piscou devagar, a testa franzida. — Mas não vou ser boba de recusar um presente desses, o universo tinha mesmo uma dívida comigo. O que me diz, Laila?

A moça encarava Cipriano, queixo caído e olhar indignado.

— Não faz diferença, ainda é só um sonho.

Ela foi embora sem despedidas, causando uma pontada dolorosa no coração reptiliano. Talvez ele tivesse merecido por se intrometer em assuntos de família, mas também não era de recusar as oportunidades da vida.

— Moço? — Melina chamou depois que a irmã sumiu na multidão. — Você pode colocar uma fábrica de chocolate para Laila? Caso ela mude de ideia e vá morar com a gente?

— Posso... mas isso não é outro livro?

— É, mas minha mãe sempre disse que em Duramere cabiam várias histórias.

— Sabe... estou contando com isso.


 

Cerolina Aman era a filha de Cássia Aman, quem lhe contou tudo depois da mudança para Nova Duramere. 

A cidade orbitava ao redor de uma pequena lua no Sistema Coralonar, nas bordas da Quinta República, exatamente onde sua autora tinha desejado. Sendo uma novidade, já havia uma lista de moradores interessados — uns poucos fãs do livro e um punhado de gente querendo voltar aos velhos costumes. Por enquanto eram só os três e as palavras do romance fictício ecoando pelas ruas.

— Cerolina escreveu o livro para o pai das meninas, antes de descobrir que ele não merecia receber a dedicatória e deixar as três para trás. — Cássia contou um dia enquanto caminhavam pela Praça das Estações.

— Então é por isso que Laila...

— Medo e teimosia. — Ela suspirou. — Minha filha morreu procurando pelo idiota, acreditando no sonho. Por isso Laila acha que sonhos não valem a pena, acha que sempre se acorda deles num pesadelo.

Os dois observaram Melina se balançar nas gangorras pneumáticas na companhia silenciosa do robô. Ela também devia guardar os próprios traumas infantis daquela história.

— Mas e a senhora? Por que quis isso tudo de verdade?

— Porque Duramere foi o último lugar onde minha filha foi feliz. Não pude dar isso pra ela em vida, mas pelo menos está aqui pras meninas. Com isso, vou ser feliz também.

Cipriano aceitou a resposta, sabia que ainda teria tempo para descobrir motivações mais profundas. Por hora, o encanto de estar habitando a própria criação bastava. Estava satisfeito consigo mesmo e cheio de esperança.

— Eu coloquei a fábrica de chocolates.

Cássia riu.

— Não sabia que reptilianos eram românticos.

— Fisiologicamente, não. Compensamos nas artes.

As palavras trouxeram uma pontada de anseio, junto do aroma cítrico que fizera questão de espalhar pela cidade.

— Acha que ela vai vir? Um dia?

— Laila, no final das contas, é igual a mãe dela... e a única que tem nossa localização por enquanto... — Cássia sorriu, apontando para cima.

No céu arroxeado cheio de estrelas de Duramere, uma nave cortava a atmosfera, se aproximando, fazendo um coração reptiliano bater mais rápido.



Lis Villas Boas

Lis Villas Boas é de Volta Redonda, cidade fluminense criada com a implantação da CSN e cercada de cidades históricas que foram parte do ciclo cafeeiro. Lis é escritora de ficção especulativa representada pela Agência Magh e pesquisadora de oceanografia. Tem textos publicados nas revistas Pretérita, Faísca (Mafagafo), Hexagon e Seaborne. Vive com o marido no Rio de Janeiro, e é uma grande apreciadora de café e jujubas vermelhas.

Comments


Cometa_Link Patreon.png
bottom of page